domingo, 22 de maio de 2011

Avaliação Escolar

A avaliação escolar é, antes de tudo, um processo que tem como objetivo permitir ao professor e à escola acompanhar o desempenho do aluno. E como tal, não deve ser pontual, eventual e realizada somente no final de um período escolar. Como processo, ela deve permitir acompanhar o aluno no seu cotidiano na escola, identificando seus progressos e retrocessos, suas dificuldades e facilidades.
Para Souza (1994) avaliação escolar, assim concebida, permite ao professor um retorno constante da adequação das atividades realizadas em classe e do desempenho do aluno. A avaliação é de fundamental importância para garantir ao professor o direcionamento de suas atividades em sala de aula. Sem uma avaliação escolar bem planejada e bem desenvolvida o professor desenvolve suas atividades às cegas, apenas na intuição e o aluno não tem parâmetros seguros para orientar seu comportamento, seus estudos e toda sua vida escolar.
Segundo Souza (1994) a avaliação não só orienta o professor no desenvolvimento do ensino, como também o aluno em relação a seu comportamento e seu processo de aprendizagem. Em sua opinião, o professor e a escola devem e podem utilizar múltiplos instrumentos na avaliação escolar, que vão garantir maior confiança nos resultados. De acordo com a autora, o constante contato com o aluno e a observação direta permitem o uso de instrumentos variados para analisar facetas diferenciadas do desempenho do aluno, favorecendo orientações para a tomada de decisão. O professor pode usar ferramentas como roteiros de observação do caderno, seminários de classe, portifólios, questionários, bem como a aplicação dos testes.
Para Souza (1994), os modelos de avaliação do processo ensino-aprendizagem do aluno, que são inúmeros, devem ser construídos e adaptados em cada escola. No entanto, todos devem apresentar condições de oferecer uma avaliação que seja diagnóstica do aluno; dos processos de aprendizagem que o aluno está percorrendo; dos procedimentos e estratégias apresentadas pelos professor; e dos resultados que estão sendo obtidos pelo aluno em classe e na escola
Segundo Hoffmann (1991) a avaliação é essencial à educação. Inerente e indissociável enquanto concebida como problematização, questionamento, reflexão sobre a ação. Um professor que não avalia constantemente a ação educativa, no sentido indagativo, investigativo, do termo instala sua docência em verdades absolutas, pré-moldadas e terminais.
De acordo com a autora, a avaliação é reflexão transformada em ação. Ação essa, que nos impulsiona para novas reflexões. Reflexão permanente do educador sobre a realidade, e acompanhamento, passo a passo do educando, na sua trajetória de construção e conhecimento.
Para Perrenoud (1993) a avaliação de aprendizagem, no novo paradigma, é um processo mediador na construção do currículo e se encontra intimamente relacionada à gestão da aprendizagem dos alunos.
Na avaliação da aprendizagem, o professor não deve permitir que os resultados das provas periódicas, geralmente de caráter diagnóstico. A avaliação é um processo que deve estar a serviço das individualizações de aprendizagem.
Para Luckesi (2002) a avaliação é o ato de diagnosticar uma experiência, tendo em vista reorientá-la para produzir o melhor resultado possível; por isso, não é classificatória, nem seletiva, ao contrario, é diagnóstica e inclusiva.

De acordo com o autor, examinar é classificatório e seletivo, e por isso mesmo, excludente, já que não se destina a construção do melhor resultado possível, e sim a classificação estática do que é examinado.
São situações opostas entre si, porém, nossos professores, em seu cotidiano não percebem tal distinção e quando dizem que estão avaliando, na verdade estão examinando.
Para Luckesi (2002) o processo avaliativo ainda não alcançou progressos no ensino, mantendo-se classificatório e seletivo. A proposta de mudanças de postura educacional é uma questão bastante complexa, A avaliação exige rigor técnico - cientifico, ampliando o aspecto pedagógico. Nessa perspectiva, o professor deve avaliar constantemente com a preocupação de não fragmentar o processo.
A avaliação deve ser um processo contínuo, que visa a correção das possíveis distorções e no encaminhamento para a consecução dos objetivos previstos. Trata-se  da continuidade da aprendizagem dos alunos e não da continuidade de provas.
O processo de avaliação de coloca como elemento integrador e motivador, e não como uma situação de ameaça, pressão ou terror.
A avaliação deve abranger três dimensões: o desempenho do aluno; o desempenho do professor e a adequação do programa;
Portanto, é necessário que o professor tenha um plano de ensino elaborado para nortear seu trabalho. Desta forma, toda tarefa realizada pelos alunos deveria ter, por intencionalidade básica, a investigação como um ponto de reflexão a sobre a prática dos envolvidos – professores e alunos.
A avaliação acontece em todas atividades com as trocas de informações do aluno, de seus colegas, do professor e da comunidade.
Segundo Demo (2000), o erro não é um corpo estranho, uma falha na aprendizagem. Ele é essencial, é parte do processo. Ninguém aprende se não errar. O homem tem uma estrutura cerebral ligada ao erro, é intrínseco ao saber-pensar, à capacidade de avaliar e refinar, por acerto ou erro, até chegar a uma aproximação final.
Os erros e dúvidas dos alunos são considerados episódios significativos e impulsionadores da ação educativa.































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